“Nos próximos 10 ou 15 anos, uma das coisas que mais escutaremos será que a proteína animal é um dos alimentos mais tóxicos”.
Dr. T. Colin Campbell, Bioquímico Nutricional, Universidade de Cornell
Texto condensado do livro “Doente: Ajuda o teu Médico”, do professor e médico Dr. Alberto Lyra.
1. A carne é alimento antifisiológico, não adaptável ao tubo digestivo do homem. O homem, anatomicamente, não é carnívoro.
2. É alimento antinatural: o homem não fabrica amoníaco para neutralizar os ácidos resultantes do metabolismo cárneo, como fazem os carnívoros.
3. É alimento tóxico, veneno lento mas seguro. Possuí toxinas resultantes da decomposição cadavérica, outras resultantes do metabolismo do animal, que ficam retidas e produzem mais toxinas, pela desassimilação, nos intestinos. Toxinas (venenos) pré-formadas, resultantes do metabolismo animal e que ficaram paralisadas com a morte do animal (dejetos vitais, matérias extrativas, purinas, adeninas, creatinina, xantina, que se transformam em ácido úrico). Toxinas resultantes da decomposição cadavérica microbiana (ptomaínas, leucomaínas). A carne é alimento cadavérico, cadáver em começo de decomposição. A carne do animal recentemente morto é dura. A decomposição cadavérica é que a torna macia, acompanhando-se de produtos de toxinas e de multiplicação de micróbios. A carne contém nucleínas, fonte de ácido úrico e de oxalatos; ácidos, matérias extrativas, que transbordam o fígado, aumentam o trabalho renal e são consequentes à desassimilação da carne nos intestinos, acompanhada de fermentação intestinal.
4. É alimento maléfico para o fígado e para os rins, que precisam multiplicar o seu trabalho para neutralizar os ácidos, purinas, toxinas etc., provenientes do metabolismo cárneo. Esta fadiga de órgãos defensores da saúde é poderosa causa de envelhecimento precoce e morte prematura.
5. A carne produz ácidos fosfórico, sulfúrico e úrico, causadores de acidificação humoral e de irritações esclerosantes. As proteínas em excesso são acidificantes e causadoras de muco.
6. Os ácidos produzidos pela carne causam desmineralização, ao serem neutralizados no organismo.
7. A carne é um excitante muito forte, equiparável ao álcool, devido às substâncias tóxicas e extrativas dela provenientes. A sensação de vigor é esgotante, o que faz o corpo pedir mais excitantes (álcool, açúcar, mais carne). Há aparência de vigor, devido à excitação, e cria um apetite enganador, porque faz repelir os alimentos suaves. Daí a depressão inicial naqueles que abandonam o uso da carne.
Devido ao seu poder excitante, que faz gastar as reservas vitais, e ao seu poder tóxico, a carne é um dos fatores da abreviação da vida. Por isto mesmo é que, com a adoção do regime carnívoro, a duração da vida humana diminuiu, como se pode verificar pelo estudo critico da Bíblia.
8. A carne como alimento contribui para o aparecimento de diversas doenças e degenerações humanas: apendicite, arteriosclerose, artrite, eczema, enterite, gastrite, nefrite, reumatismos, úlcera gástrica, adenóides. Por isso, no decurso de moléstias do fígado, dos rins, dos intestinos, da pele, de perturbações nervosas, não há melhor regime do que o vegetariano. Devido à incompleta combustão das proteínas, há produção de ácido úrico; as fermentações intestinais produzem toxinas prejudiciais e ácidos (acético, butírico, copróico, oxálico, etc.), e além de tudo isto: acidificação, ácido úrico, toxinas microbianas e metabólicas, alcalóides, etc. que agravam o mau estado orgânico.
9. A carne, mesmo cozida, traz toxinas microbianas em grande quantidade. Além disto, pela sua própria composição, a carne favorece a proliferação microbiana nos intestinos e aumenta a flora putrefativa, em lugar da flora ácida normal. A média de gérmens, de 65.000 por mm3 de fezes, no carnívoro, baixa para 2.000 por mm3 no vegetariano. Esses germes produzem putrefação, extinguem os germes benéficos, daí a frequência de apendicite, colite, enterite, entre os carnívoros.
10. A carne é transmissora de doenças. Contagiosas e parasitárias, como: brucelose, intoxicações alimentares, salmonelas, tênia (solitária), triquinose e tuberculose.
11. A carne é mau combustível. Certos alimentos “queimam-se” no organismo, fornecendo-lhes calor. Já os produtos cárneos, por falta de hidratos de carbono, queimam-se incompletamente, deixando resíduos tóxicos e ácidos.
12. A carne, embora rica em proteínas e em ferro, é pobre nos demais elementos e é carregada de dejetos da vida nutritiva. Com as frutas e verduras, incluindo-se as frutas secas e oleaginosas, o indivíduo poderá obter todas as substâncias necessárias ao seu organismo. O leite lhe fornecerá proteínas tão como a carne, mas ao se abster de leite, encontrará entre os vegetais uma maior e uma boa fonte de proteínas no trigo, nos feijões, no grão de bico, na lentilha, na ervilha, no brócolis, no espinafre, na soja, na quinoa, na amêndoa, no amendoim, na castanha do Pará, nas nozes.
13. A carne estimula o uso do álcool e do fumo. Podem se sim encontrar carnívoros abstêmios, mas não se conhece praticamente nenhum vegetariano alcoólatra. Com o regime vegetariano, combinado com o jejum, a limpeza dos emunctórios (órgão, cuja abertura natural no corpo dá saída aos produtos das secreções e aos humores) leva-se a abolir o vício do álcool em 99% dos casos.
14. Aumenta a impetuosidade, a agitação, e a irritabilidade. A excitação da carne dá aparência de energia e vitalidade, enquanto o regime vegetariano predispõe à calma, ao controle e à serenidade. O aspecto corado, a "boa" cor do carnívoro, como a do alcoólatra, é resultante da congestão e da excitação, em vez de significar boa distribuição e riqueza sanguíneas.
15. É alimento imoral. Porque é baseado na morte de seres vivos que têm sensibilidades nervosas e uma certa consciência, e também porque contribui para manter o reinado de violência na sociedade humana. Contribui para excitar a imoralidade, a brutalidade e a crueldade. Esta ação exerce-se duplamente, física e espiritualmente, devido ao efeito excitante da carne e às vibrações grosseiras de origem animal.