terça-feira, 16 de janeiro de 2018

Martha Robin: uma mística religiosa que viveu mais de 50 anos de Energia Divina



Martha Robin foi uma francesa, considerada mística, que nasceu em 1902 e faleceu em 1981. Desde os 21 anos de idade ela viveu deitada e sentada em sua cama. E, por 53 anos ela viveu sem alimento físico algum, a não ser alimentada fisicamente pela hóstia que recebia dos padres.

Além da hipersensibilidade, ela apresentou durante a vida, encefalite aguda e tumor cerebral. Ela ficou inclusive em coma por alguns dias. Além de outros quadros de adoecimentos.

Ela era uma devota fervorosa. Recebia constantes visitas de padres e de fiéis sobretudo católicos. E por incrível que pareça ela ficou desconhecida do grande público numa época em que já se existiam os televisores por toda parte no mundo.

Martha era bastante caridosa e nutria preocupação pelos pobres. Em casa ela trabalhava fazendo artesanatos religiosos. Ela apresentou diversos fenômenos místicos, inclusive stigmatas - feridas no corpo como saída de sangue dos olhos -, que eram comuns nas sextas-feiras. 

As grandes perguntas que pairam sobre nossas cabeças são: Martha foi nutrida, foi alimentada, pelo quê? Martha fez da vida dela um sacrifício? 

Martha foi sim nutrida pela Energia Divina, pelo Maná, Prana, Chi, Ki, Éter, Orgone, Quinto Elemento, chame-se como quiser a Energia que nos mantêm vivos. Pois como a medicina convencional poderia explicar que uma pessoa pudesse viver por mais de 50 anos sendo alimentada somente com até 3 hóstias por semana? E ainda sobreviver mesmo sob adoecimentos severos e outros fenômenos inexplicáveis?

No entanto, há uma dualidade que paira no caso de Martha. Martha conviveu com doenças. Ela não se curou completamente através do Prana. Diferente de outros prânicos e pessoas que jejuaram e conseguiram se curar de adoecimentos que tinham além de manter uma ótima saúde, com Martha foi diferente.

Matha foi reconhecida pela Igreja Católica Apostólica Romana como santa, sobretudo pelos sacrifícios que realizou. Por mais que médicos a tivessem visitado e alguns chamaram de histeria os fenômenos que ela apresentava, ela conseguiu provar àqueles que a visitaram que seu caso era real, que realmente ela vivia sem alimento físico, e que, os fenômenos que apareciam em seu corpo eram reais.

Esta é a meu ver a questão problemática de se submeter a uma doutrina, a uma ideologia, a uma filosofia, a uma religião, a um dogma, a um credo qualquer. A pessoa deixa de ter fé em si mesma, no Deus que habita nela, e deposita a fé em outrem. Não afirmo que este foi o caso de Martha em absoluto, porém muito se assemelha a isto. Além do mais, por quê Martha, já que gostava de viver sem comer também não abandonou a hóstia, sendo que o trigo, sobretudo habitualmente, e levado ao fogo, pode fazer mal?

Uma forte fé em si mesma Martha tinha, sem dúvida alguma. Senão não teria como ter vivido por tanto tempo somente com algumas poucas hóstias por semana. Portanto, ela também viveu sob a Graça, guiada pelo Divino. Mas, meu questionamento é que talvez ela não tenha vivido uma entrega real ao Divino. Já que ela ainda viveu submetida a um dogma - a uma religião. E talvez justamente pelo fato de se submeter a este dogma é que a fez conviver com tantos adoecimentos e fenômenos místicos. 

A análise profunda do caso Martha, a análise dos aspectos inconscientes aos quais ela pode ter se submetido, e pode ter levado a ao adoecimento, esta análise sugere que, sua experiência serviu para quem estava à sua volta, para quem tudo aquilo que ela experienciava era possível e era real. Provar que era possível viver sem alimento físico para quem tem fé. Provar que a fé em Deus rompe qualquer limitação! 

Talvez ela não quis dar um passo além, já que o mundo era ainda mais conservador do que é hoje. E aceitou as hóstias e a visita frequente de religiosos. Já pensou uma pessoa que não come e nem bebe viver praticando a caridade e o serviço devocional a Deus livremente sem cobrar nada em dinheiro? Como seria esta pessoa aceita pela sociedade?

Numa das aparições em que Jesus fez, perguntou a Martha: "Você deseja ser como Eu?". Assim, concluo minha análise: para quê sofrer novamente como Jesus sofreu há mais de dois mil anos por toda a humanidade? O mundo atual não precisa mais de stigmatas, místicos que adoecem no corpo para serem exemplos para os céticos. Há tantos milagres hoje em dia visíveis, só não enxerga quem não quer!

A sabedoria de pelo menos 5000 anos antes de Cristo vinda da Índia já diz que é possível viver sem fome e sem sede. Yoguis como Prahlad Jani, que está há mais de 80 anos vivendo exclusivamente entregue a Deus, ou Victor Truviano que há mais de 13 anos também vive exclusivamente do Prana, e muitos outros espalhados pelo mundo de hoje já são evidencias sem dor, sem necessidade de sacrifícios no corpo, de que tudo isto é possível.

Já há na Bíblia a explícita mensagem: "Àquele que crê, tudo é possível". Portanto, para quê se matar, se sacrificar, em nome de um dogma, de uma doutrina, de uma crença?

A crença, sobretudo a fé, é um poder pessoal que nos mantem vivos. A  nao precisa de conteudo. A fé, vale por si só; o poder da fé vale por si próprio. A fé não depende de livros, de crenças diversas, de religiões, que a fundamentem. Embora às vezes o conhecimento seja importante. Mas, o que é a fé? A fé é, em última instância: fé em si mesmo, fé no Deus que mora e repousa em Ti, e não no exterior, num templo físico. O verdadeiro templo está no interior da própria pessoa, em Si Mesmo.

Por fim, concluo que, sejamos o próprio exemplo para nossas mudanças. Não precisa parar de comer para viver abençoado pela Energia de Deus, pelo Maná, pelo Chi, pelo Éter, pelo Prana, pela energia sutil. A vida superior é antes de tudo uma questão de consciência, de viver guiado pela sabedoria do coração. É confiar na intuição que o coração nos sopra. A mente é importante, mas ela é secundária em relação a sabedoria inata, que todos possuem dentro de si mesmos. Ou a mente pode ser mais profunda do que viver com a mente cheia de pensamentos. A mente pode se tornar mais intuitiva.

Deus repousa em cada ser, e é através do amor que Ele (ou Ela) realmente nos fala. O amor é o que de mais sublime existe na vida, e o amor é somente outro nome para o Deus que está em cada um. Não sou religioso, nem crente 100 % da Bíblia, mas quero deixar aqui uma citação bíblica que considero oportuna: "Nem só de pão viverá o homem, mas sim de toda palavra que sai da boca de Deus." Está escrito em Mateus capítulo 4, versículo 4.

E finalizando, não há nada maior que o amor. O amor é outro nome para Deus e é outro nome para esta Energia que nos mantém vivos, e que também manteve Martha viva. O amor é a verdadeira fé. Fé que não depende de razões, de saberes, de crenças, sejam elas religiosas ou não, para se sustentar e nos sustentar.








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