Viver do Prana, por Henri Monfort*
“Faz 11 anos pesava
120 quilos e tinha problemas de saúde. Disposto a aplicar uma
solução, durante dois anos intercalei dias de jejum entre a série
de dias em que comia. Perdi 30 quilos. Até que descobri o livro de
Jasmuheen Viver de Luz. O li em uma só noite e para mim foi uma
revelação. No dia seguinte comecei com a nutrição prânica.
Atualmente peso uns estáveis 75 quilos, e me nutro só de energia
prânica e água. Tenho claro que não voltarei a comer. Dirijo
seminários de nutrição prânica faz cinco anos; cada vez tem mais
gente interessada em participar.”
NUTRIR-SE COM O PRANA
Nutrição prática e
jejum
Tem que se fazer uma
diferenciação importante entre nutrição prânica e jejum. No
jejum a pessoa vai se nutrindo com as pequenas reservas que tem
acumuladas, e se continua até que se terminem, desfalece e morre. O
jejum mais longo possível é de quatro meses. O jejum obedece a
uma visão dualista, na qual por uma parte está você,
e na outra o Universo. Em contrapartida, no caso da nutrição
prânica desenvolvemos uma unidade com o Universo, do qual captamos o
prana, e o levamos ao organismo. Se trata realmente de uma
nutrição, assim pois, se pode assumir tanto tempo como se queira,
incluindo indefinidamente. Para chegar a nutrição prânica não tem
que dizer “a partir de tal data deixarei de comer”, senão dizer
te “a partir de tal data me nutrirei de prana”. Este decreto é
muito importante, vai permitir uma reprogramação das células.
Que é o prana?
A palavra prana vem da
tradição hindu, dos textos dos Vedas. Muitas vezes se associa com a
respiração porque na hatha yoga se ensina o pranayama, que são
exercícios de respiração que permitem captar o prana. Mas há que
se compreender que o prana não está unicamente no ar; está também
na água, e incluindo existe um sutil prana material. O prana, para
mim, é a energia da vida; a energia que, de uma pequena semente, faz
uma árvore de 15 metros de altura. É a potência infinita do
Universo. Está presente em tudo o que existe, e podemos captá-lo
diretamente através de todos os sentidos da percepção, não
somente pela respiração.
Se captamos o prana
pelos órgãos da percepção, tudo que vá vir a nós vai nos
nutrir. Finalmente vai a ser nossa aura, nosso campo energético, o
que vai nutrir nos: se escutamos um bom fragmento de música, nos
nutrimos; se estamos enamorados, nos nutrimos; se olhamos uma bela
paisagem, nos nutrimos; se estamos em um lugar muito potente em nível
energético, nos nutrimos; se sentimos a energia da terra, do espaço,
das estrelas, do Sol, da Lua, nos nutrimos. A aura inteira se
preenche de prana com tudo isto, e nos nutre as 24 horas do dia.
Então já não tem que fazer nada para nutrir-se; o corpo tomará,
por si mesmo, aquilo o que tenha necessidade.
Para quem é esta forma
de nutrição?
A resposta é: para
qualquer um que o sinta; não faz falta ser alguém 'espiritual'.
Em 1983, a Terra passou
3 vezes por uma alerta atômico. Então os guias de luz decidiram
enviar para aqui o mental superior. Essa energia que descendeu fez
que certos problemas mundiais se resolvessem: se acabou o muro de
Berlim, assim como o bloco da União Soviética, e a guerra fria
terminou.
O novo nível
vibratório do planeta permitiu que todo o mundo possa aceder a
nutrição prânica. Para dar o passo basta assumir que é possível.
Cada vez mais gente chega a nutrição prânica, desde horizontes
completamente diferentes, e cada vez de um modo mais fácil, e quanto
mais fácil é, mais gente há que começa.
O que me interessa da
nutrição prânica é como transcender meus limites: os limites
físicos, emocionais, mentais e espirituais. Tem que estar pronto
para ser um pioneiro. Quem opta por esta forma de nutrição se
adentra em um continente inexplorado, não existem mapas traçados.
No mundo, atualmente, e desde vários anos, somos umas 30.000 ou
40.000 pessoas que gozamos desta experiência. O mais antigo é um
iogue da Índia que se chama Prahlad Jani; faz 70 anos que não come
nem bebe. Ele foi examinado em grandes hospitais de Bombaim e os
cientistas afirmaram que ele tem órgãos de um homem de 25 anos.
Conquistas associadas
com a nutrição prânica
Faz dois anos, em um
grupo de nutrição prânica havia uma pessoa que tinha carências de
sais minerais desde a infância; não os retinha. Se submetia a
análises de sangue a cada mês, desde que era muito pequena, e
sempre refletiam carências. Quando começou com a nutrição prânica
tinha 35 anos. Aos 21 dias, ao final do processo, se fez uma análise
e todos os parâmetros estavam normais; incluindo alguns estavam
acima da média, como o silício e o ferro. É que o corpo tem umas
capacidades inimagináveis.
Com a nutrição
prânica primeiro se chega ao nível da saúde perfeita, que é o
estado natural da vida. É simplesmente, um estado de equilíbrio.
Vivemos numa sociedade na qual pensamos que o adoecimento é normal,
assim como o envelhecimento. Isto é falso. Antigamente, na China, o
cliente só pagava ao médico quando estava com boa saúde: si
adoecia é que era um mau doutor. Completamente ao contrário de nós,
que assumimos como normal ao chegar ao inverno contraiamos gripe,
resfriado, etc.
Se existe, por exemplo,
uma epidemia de gripe e você lhe diz “tomara que não a pegue”,
é então que tem medo, e instala em você a possibilidade de ser
atacado pela gripe. A um nível muito mais elevado vibratoriamente,
os vírus e as bactérias são prana. Quando você vai se banhar no
mar, está rodeado de milhões de vírus gigantes. Mas você está
nadando e tomando sol; você está bem, e não pensa que há vírus
gigantes: você não tem medo, e não é atacado. Se tenho medo, é
que me situo fora do Universo; então todo o Universo se torna
potencialmente perigoso. Quando subir seu nível vibratório deixará
o medo, até ao ponto de dizer ao Universo:
“Te dou minha
confiança, te dou tudo o que sou. Nutre-me.” E o Universo te
nutrirá com a luz e com o amor. Porque a energia da vida é uma
energia de amor; todas as leis da natureza são leis de amor. E se o
amor universal te nutre, como vais adoecer? Não é possível.
Em uma segunda etapa,
sobre a base da saúde perfeita, passará uma coisa muito curiosa: as
células vão começar a rejuvenescer. Em vez de ir até o desgaste e
o envelhecimento, seus cabelos crescerão, suas rugas se irão, sua
pele será mais suave... Por quê se produz o desgaste que produz o
adoecimento e o envelhecimento? Porque quando você toma a nutrição
exterior por meio dos alimentos só uns 15% do que voc~E come é
aproveitado, o resto são resíduos e toxinas, que o corpo armazena
na gordura, nos músculos e nas articulações. Isto é o que
provocará com o tempo o cansaço, o adoecimento, e depois o desgaste
do corpo, o processo de envelhecimento. Quando deixa esta alimentação
e se nutre diretamente do prana, o corpo primeiro se regenera, e
depois toma a aparência que queiras.
Por outra parte, às
vezes me perguntam que ocorre com a perda do prazer que associamos
com a comida. Eu respondo que onde há prazer há sofrimento: o
prazer de comer implica o sofrimento de digerir. É a dualidade.
Quando você experimenta a nutrição prânica e entra em uma
consciência de unidade, você experimentará a beatitude, a qual não
tem contrários. Ocorre algo semelhante com o tema da sexualidade.
Quando alguém é prânico é mestra na nutrição também é maestra
na sexualidade. Já não são os instintos que nos dominam, senão
que nós dominamos os instintos. A sexualidade pode ser vivida em
unidade, com uma total maestria do corpo. No caso dos homens, os
espermatozoides se transformam em energia sutil, em prana, e o corpo
também se nutre graças a eles. O mais alto nutre o mais baixo; é o
que se chama “a grande circulação” no taoísmo. Você utiliza a
energia sexual para abrir os chakras e todo o corpo se eleva, se
torna divino. Se tem a impressão de fazer amor com o Universo.
Depois de certo tempo
de praticar a nutrição prânica se experimenta um estado de unidade
com o Universo. Você imagina o Universo como um imenso
quebra-cabeça. Você é uma peça única, excepcional; não existe
dois como você na Terra, como não existe dois balançar de folhas
ou duas folhas de árvore que
sejam iguais. Com a nutrição prânica
o que você faz
é rodear os ângulos para tomar seu
lugar justo, exato, no quebra-cabeça. Então é o quebra-cabeça
inteiro o que nutre você,
e você,
assim mesmo, nutre o quebra-cabeça. Se produz uma relação de
unidade com tudo o que existe que faz que já não tenha nem
atacantes nem atacados. Já não existe mais medo.
Pessoalmente, não
acredito que se possa chegar a beatitude pelo sofrimento. Graças
a nutrição prânica não tenho necessidade de tomnar a vida de nada
para alimentar-me. Respeito a vida em todas as suas formas, incluindo
a de uma pequena folha de alface. Na nutrição prânica, há uma
exaltação da vida, da energia e do amor; não se está no
sofrimento.
PREPARAR-SE PARA O
PROCESSO
Quando li o livro de
Jasmuheen tive como uma revelação, e no dia seguinte comecei o
processo de converter-me em prânico, o 'processo dos 21 dias'. Mas
não aconselho as pessoas que façam o mesmo. O melhor é abordar o
tempo necessário antes de abordar este processo. Tem que começar
por preparar-se, e isso pode levar 1 ou 2 anos, ainda que também é
certo que hoje em dia tudo está acelerando, e em certos casos a
adaptação pode ser mais rápida.
Para se preparar tem
que refinar-se a nutrição, por meio de ingerir menos alimentos e de
melhor qualidade. Em vez de 3 vezes ao dia, se pode comer; para
decidir-se cada um deve escutar a sua intuição pessoal. E depois,
de vez em quando, se pode introduzir pequenos jejuns, no máximo de 3
dias; não existe necessidade de ir mais além.
Durante este período
de preparação aconselho tentar ser vegetariano. Tem gente que faz
um regime progressivo: passam primeiro a ser vegetarianos, depois
veganos, depois crudívoros, chegam a alimentação líquidas (sopas,
etc). Quando se chega aqui, é muito fácil dar o salto à nutrição
prânica, mas isto não quer dizer que seja uma solução única.
Cada um encontra sua melhor maneira. Conheci 2 pessoas que 1 semana
antes de começar o processo dos 21 dias ainda comiam carne. Não há
pois uma regra geral.
Falei de introduzir
jejuns de 3 dias. Outra opção é fazer 1 dia de jejum por semana.
Durante o jejum tem que beber muito, para ajudar os rins a limpar. Se
pode fazer limpezas intestinais antes do processo, mas não muitas,
porque fadigam o organismo. De fato, 3 dias de jejum já cumprem com
esta função de depuração. Não obstante, tem que acostumar-se a
se comunicar com o corpo. Isto nos dará a resposta justa para nós
em quanto e como devemos tratá-lo.
O jejum é uma técnica
de limpeza e purificação; mas também, e isto é muito importante,
nos permite ver qual é nosso posicionamento a respeito da
alimentação. Nos permite confrontar o que nos passa quando não
temos alimento, e sobretudo, o que nos ocorre a nível emocional.
Porque existem muitas pessoas que comem compulsivamente. Não
comem para nutrir-se mas para preencher-se, preencher vazios
emocionais e sentimentais. Se existe uma relação assim com a
alimentação, é necessário curar-se; talvez terá que fazer
psicoterapia para saber de onde vem essa necessidade.
A nível mental, fará
falta quebrar todos os bloqueios da prisão que está em nossa
cabeça, quer dizer, nossas crenças. Entre outras, existe uma crença
que é: “Tem que comer para viver, se não come, fica doente.”
Pensa em tudo que se diz as crianças para obrigar lhes a comer.
Existem muitas crianças, que agora, nascem prânicos, porque o nível
prânico do planeta está muito elevado. Estas crianças sabem que
não têm necessidades de comer, que podem assumir a nutrição
superior. São mestres espirituais, seres muito evoluídos, que têm
vivido muito tempo no plano da luz, como os guias, e se nutrem de
prana. Sobretudo, não tem que obrigar estas crianças a comer se
gozam de boa saúde e energia.
O caminho da nutrição
prânica é um caminho para guerreiros, porque tem que estar hábil
para afrontar os medos e as limitações. Suas próprias limitações,
mas também os medos e as limitações daqueles que lhe rodeiam (os
pais, os filhos, os amigos), que exercerão sobre você para que não
tenha esta experiência. Se não tem a determinação do guerreiro,
vai ceder, porque o julgamento dos demais pode resultar para você
intoleráveis. Você não é responsável pelos medos que têm os
demais, mas fazem um efeito espelho muito forte. Sua opção pela
nutrição prânica não tem que mudar sua vida social. As pessoas
por perto, se lhe querem verdadeiramente, vão lhe aceitar como você
é, com suas próprias escolhas.
Em um dado momento, se
perguntará: “A nutrição prânica é boa para mim?” “Este
processo é para mim?” É sua intuição que lhe responderá, ou os
mestres espirituais através da intuição. Se estiver preparado/a,
mentalmente, fisicamente, emocionalmente, espiritualmente, adiante.
Se não estiver, leve seu tempo necessário. Isto não é uma
carreira de velocidade, nem uma competição, que fique claro. Posto
que todos somos diferentes, cada pessoa vai necessitar de uma
preparação distinta. Tem pessoas que estão preparadas em seguida,
de um dia para o outro. Outras vão necessitar mais tempo;
necessitarão que os distintos aspectos implicados se ponham em seu
lugar.
O PROCESSO DOS 21 DIAS
Quando alguém está
verdadeiramente hábil, se leva a cabo o processo dos 21 dias. É
melhor começar este processo no verão que no inverno. É importante
que a pessoa se encontre em um período da vida relativamente
estável: que não tenha mudanças de casa, separações, processos
de divórcio, coisas assim, porque isto desestabiliza forçosamente.
Por quê 21 dias?
Porque é um número sagrado, é o número da iniciação. Eu associo
cada dia a cada uma das cartas do Tarô, com as que se correspondem
completamente. Vou explicar somente o que fazemos nos trabalhos que
facilito durante estas três semanas.
Em todo o processo dos
21 dias não se come nada; só se bebe. É algo diferente ao que
opina Jasmuheen, quem faz uns 25 que começou o processo. Ela pediu a
seu guia de luz uma técnica para curar seu câncer no seio. Se curou
do câncer graças a nutrição prânica, e a partir daí o fenômeno
começou a estender-se. Mas eu não estou de acordo em dois aspectos
que estão em seu livro. Ela diz que na primeira semana se para de
comer e beber. Se se faz isto, tem o risco de que se produza o que
chamamos uma “concretização do conflito”, que se traduz em
forma de cálculos nos rins e na vesícula biliar. Em nosso caso, se
bebe tudo que se quiser, quente ou frio, ainda que leites, sucos de
frutas ou bebidas energéticas não, uma vez que já constituem
nutrição física. No processo de Jasmuheen, na terceira semana se
retornam aos sucos de frutas mesclados com água. Se fazemos isto, o
corpo se desorienta; se torna louco e se retorna a nutrição física.
É necessário que a mensagem que se dá às células seja clara,
precisa: “Me nutro de Prana!”
Primeira semana
A primeira semana
começamos com uma visualização concedendo com quando normalmente
voltariamos às comidas. Por meio da visualização fazemos descer a
luz branca do prana por todo o corpo, para que as células
compreendam que a nutrição que se lhes dá é o prana. Se faz isto
até que as células o compreendem, por 4 ou 5 dias; então se produz
uma mudança: as células, o corpo, já não tem mais fome.
Normalmente, ao fim destes dias, o corpo já se nutre
automaticamente, mas se pode seguir com as visualizações tanto
tempo quanto se queira. Também se pode seguir com elas pelo prazer
do encontro do processo em grupo.
Coincidindo
com este momento ocorrerá algo: se produzirá um incremento das
sensações; os cinco sentidos se vão a desenvolver de uma maneira
extraordinária. Os animais têm muito mais desenvolvidos os sentidos
de percepção que nós porque estão próximos de seus instintos;
assim mesmo, por exemplo os Aborígenes da Austrália põem a mão no
solo e sabem se tem água. Capacidades como esta se têm visto
permitidas por nossa nutrição, de modo que, quando a nutrição
física já não está melhoram os sentidos: a vista, a audição, o
olfato sobretudo. Em meu caso, se quero cheirar uma flor que está a
200 metros, lanço meu sentido até ela e me chego ao odor; se tenho
uma fruta a mão, a ponho ao lado de meu nariz e a tenho seu sabor na
boca. Quando as pessoas ao redor percebo o sabor dos alimentos. Assim
pois não me falta nada, pois estou nutrido por todos os sentidos.
Depois de certo tempo, graças a aura também se captam as
atmosferas, a beleza das paisagens, a harmonia das árvores, a
intensidade do perfume das flores... Se vive com total intensidade.
Segunda
semana
Nesta
semana, começamos a trabalhar as memórias celulares. Estas memórias
celulares são todos os traços que têm ficado na causa do
estresse, das enfermidades, dos problemas que se têm tido desde a
estância no ventre da mãe; todas as impressões que se meteram nas
células. Estas memórias formam uma espécie de estrato geológico.
E nos submergimos mais e mais profundamente para eliminar estes
traços graças ao prana.
Terceira
semana
Na
terceira semana se trata de limpar as memórias profundas que temos
em comum com a humanidade. Têm que pensar que as primeiras tribos
passavam 85 % do tempo buscando comida com medo de não encontrá-la.
Isto está inscrito e se reativa permanentemente, porque tem gente
que morre de fome no mundo atualmente. É a memória da fome e das
secas.
Temos
visto nos grupos, ultimamente, muitas pessoas que, em uma vida
anterior, morreram de forme em campos de concentração. Ao
confrontar-se com isto, eles têm medo de perder peso. Se olham no
espelho e se sentem como se tivessem saído de um campo de
concentração. Afrontar isto não é fácil. Afrontar isto não é
fácil, porque supõe confrontar uma memória extremamente dolorosa,
que está também muito impressa na memória coletiva.
Ao
chegar a terceira semana, tem três critérios importantes. O
primeiro critério é o peso. Nas duas primeiras semanas não tem que
preocupar-se do peso, mas nesta terceira semana deve estabilizar-se.
A pessoa deve pesar-se a princípio, na metade e ao final desta
semana. Se os três pesos são mais ou menos equivalentes, se tem
estabilizado o peso. Se se continua perdendo peso é que algo não
anda bem.
É
o corpo que fixa o peso; mas se alguém se encontra demasiado magro,
pode pedir a seu corpo que engorde um pouquinho. Tem gente que se
encontrava demasiado magro e durante o processo ganhou quatro ou
cinco quilos. Mais que o peso, o importante é como se sente um. Se
se bebe mais, ou se faz exercício, se
pode perder algo de peso; isto não é significativo.
O
segundo critério é a energia. Se comendo dorme horas, por exemplo,
só dormirá quatro horas, mas você despertará como se tivesse
dormido dez. Experimentará um sono muito particular e profundo, e
você se despertará como os gatos; o que é dizer, em estado de
vigilância extrema. Você não terá a sensação de querer ficar a
dormir um pouco mais, senão que estará pronto para a ação. Desde
há nove anos e meio só durmo uma hora diária.
Se
ao final da terceira semana a pessoa alcança estes critérios, lhe
digo se pode continuar. Se só se cumprem dois critérios, lhe digo
que espere um mês ou um mês e meio: se neste intervalo se cumpre o
terceiro critério, bem; se não, lhe digo que detenha o processo. Se
não se cumpre nenhum critério, a pessoa deve voltar a começar a
comer.
DEPOIS
DOS 21 DIAS
Não
só tem importância a prepação prévia, senão também a
posterior. Têm pessoas que retornam um pouco à alimentação para
integrar o processo, e logo voltam ao prana de modo mais forte.
Também têm gente que voltou à comida três ou quatro meses após o
processo com normalidade, sem nenhum problema. Qualquer um que tenha
terminado com êxito o processo dos 21 dias é prânico. Se volta a
comer ou não, não é importante; esta pessoa pode voltar a ser
plenamente prânica quando quiser. O importante é levar a cabo o
processo; é a maneira em que se ativa um novo programa no computador
corporal. Quando você instala um programa em seu computador e o
ativa, não está obrigado a usá-lo; mas você sabe que se o
necessitar ele está a sua disposição.
Enquanto
a vida social, tem que se distinguir entre amigos e conhecidos. Os
verdadeiros amigos te aceitam como é, sem querer lhe transformar,
sem impor seu modo de funcionamento, suas crenças.
Eu vou ao restaurante com meus amigos e não como. Às vezes peço um
prato, para que não se chateie o serviço, e o reparto entre as
demais pessoas. E todas as festas familiares, nas quais participo,
estão ainda em torno da comida. Agora,
bem, se você tem medo de afirmar o que você é, de te posicionar
frente aos demais, não vai ousar continuar com a nutrição prânica.
Está vai ser uma questão a se curar. Todas
as pessoas que voltam a comida, depois do processo dos 21 dias o
voltam por causa dos outros. Mas em tal caso, abdicam de seu poder
pessoal; dão mais poder aos outros que a si mesmos.
Ocorre o mesmo, se escutam o ponto de vista dos médicos, dos
dietistas, dos meios de comuniação, etc. O que é o que você quer
afirmar? Isto que quer afirmar é o justo para você.
2012
O
planeta está experimentando uma aceleração vibratória. Isso
provoca uma separação entre dois mundos, um que emerge outro que se
funde. O problema são as pessoas que têm um pé em cada lado, que
não escolhem. Ficam com as pernas abertas. E a posição de pernas
abertas não é fácil. Este 2012 é o ano de escolher: o que
queremos para nosso planeta, o que queremos para nossa vida. Tem que
criar um novo protótipo de ser humano, adaptado a um novo tipo de
funcionamento, um novo que não padeça enfermidades, sofrimento, nem
morte. Assim poderemos ser tão numerosos quanto queiramos e a Terra
poderá ser um jardim. Os agricultores serão os jardineiros da
Terra, os animais serão livres e todo o mundo será feliz. Será a
auto-suficiência, a liberdade!
Como
serão os corpos humanos no futuro?: Não sei. As mutações
genéticas se produzem ao longo de centenas de milhões de anos. Em
qualquer caso, o corpo humano já experimentou modificações
conhecidas. Por exemplo, o apêndice humano era um órgão que já
não existe. E os molares do juízo são pré-históricos: vêm de
quando comiamos carne crua e já não nos servem para nada; por isto,
provocam problemas. E tinhamos cola prêensil, que agora podemos
identificar como um pequeno osso no limite da coluna vertebral.
Tudo
está cada vez mais rápido. Se aceita que a nutrição prânica é
possível, já terá dado um grande passo. Fiz
conferências e oficinas e estou em contato com as pessoas para que
sintam que isto é verdade, para que vibrem de um modo distinto.
Não é o tempo dos livros agora, senão da realidade, de pôr em
prática o que nos foi dado.
Existem
muitas crianças que são prânicas. E têm pessoas que passam a ser
prânicas espontaneamente. O que tem que compreender é que a nível
sutil todos somos um. É o que se chama o campo unificado quântico.
Se eu toco um ponto deste campo quântico, todo o resto é reaciona.
Assim, se atualmente somos 30.000 ou 40.000 que nos nutrimos com o
prana, o resto de pessoas também têm o programa; só faz falta que
o ativem. Depois das conferências que faço, têm pessoas que
durante dois ou três dias não comem. Como a gripe, esta é uma
epidemia que se propaga. Uma epidemia prânica!
Publicado na revista Athanor, de julho/agosto de 2012.
* O autor, é francês, e desde 2002, vive exclusivamente de Prana.