A mãe, é como foi ternamente conhecida Mira Alfassa. Mira era de origem francesa, mas o caminho espiritual a levou a um destino que sem dúvida nem ela esperava. Ela viveu muitos anos junto do mestre Sri Aurobindo, em seu ashram, na Índia. A relação entre Sri Aurobindo e Mira foi tão profícua que o mestre dizia que entre os dois havia uma relação de real amor - um amor incondicional e supraconsciente. Uma relação amorosa entre mestre e discípula, que depois se tornou uma relação entre verdadeiros mestres. Tamanha foi a confiança e cumplicidade entre ambos que, mãe Mira foi quem dirigiu e instruiu os novos discípulos do ashram após a retirada de Sri Aurobindo em sua reclusão ao final da vida para estudos e desenvolvimento do que ele chamou de yoga integral. Segundo ele o yoga integral é “um caminho de integração com o Supremo, através do entendimento de que o objetivo é finalmente libertar-se da ignorância e descobrir uma realidade além da mente, uma realidade não só em seu estado espiritual, mas também através da auto-expressão dinâmica do próprio universo".
No que diz respeito a mãe, Sri Aurobindo a considerou um verdadeiro avatar, uma encarnação mesmo da Grande Mãe, do princípio feminino. Em 1927, escreveu a respeito dela:
"Aquele a quem adoramos como a Mãe é a Força Consciente divina que domina toda a existência, e ainda um multifacetado que seguir o seu movimento é impossível, mesmo para a mais rápida mente e para a inteligência mais livre e mais vasta."
Deixo vocês agora com o ensinamento da mãe Mira Alfassa, sem dúvida uma mestre que viveu uma relação possível com outro mestre, Sri Aurobindo, cujo exemplo vale para os nossos dias atuais em que a convivência, entre família e sociedade, se encontra cada vez mais desafiante.
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